No passado mes de março a A.C. Almuinha remitia a todos os partidos que se apresentavam às eleiçons um decálogo com umha serie de medidas que na nossa associaçom consideravamos importantes. Entre as nossas propostas atopavam-se umha série de medidas em relaçom ao galego e ao seu uso por parte do concelho.
Pasado já quase um mes desde a toma de posessom do novo governo municipal do PP queremos manifestar a nossa grande preocupaçom com o rumo que começa a tomar o governo a respeito do galego o que nos fai pensar que os vindeiros anos ham ser muito duros para acadar a plena normalizaçom da nossa lingua.
A difícil situaçom na que se atopa o galego no nosso país nom a vamos descubrir nem anunciar nós; som muitos os informes e estudos que reflictem este facto obxectivo, realizados por entidades como o Conselho da Cultura Galega ou a Real Academia da Língua entre outras, que coincidem em revelar umha constante perda de falantes ano tras ano. Mas em Marim nom precisamos nem tam sequera ir à procura destes informes e estudos, que a través dos frios números amosam umha realidade dramática. Tam só fai falha dar um passeio polos parques infantís ou colegios da nossa vila e contar o número de nenos/as que empregam a nossa lingua.
Mas esta situaçom nom parece afectar nem preocupar a um sector, minoritário mas poderoso, da nossa sociedade, que ancorado em posturas de tempos passados, nos que se via ao galego como umha língua de atrasso e pobreça, continua olhando para outra parte mentres o tempo continúa realizando a desfeita, ou directamente se implica na sua subordinaçom com respeito ao castelám ou incluso nalguns casos minoritários apostando diretamente pola sua eliminaçom.
Neste pequeno espaço de tempo já tivemos a oportunidade de ver como no pleno de toma de posessom, tam só um dos membros do governo local empregou a lingua galega, mentres os outros 7 o faziam em castelám, incumprindo assim a legislaçom vigente no que se refire ao uso da lingua galega polos cárregos eleitos (Estatuto da Galiza; Lei 3/83, de Normalizaçom Lingüística, que no seu artigo 6.3 estabelece que "Os poderes públicos de Galicia promoverán o uso normal da lingua galega, oralmente e por escrito, nas súas relacións cos cidadáns.", e no artigo 25 "O Goberno galego e as Corporacións locais dentro do seu ámbito fomentarán a normalización do uso do galego nas actividades mercantís, publicitarias, culturais, asociativas, deportivas e outras."; Lei 5/1998, do uso do galego como língua oficial polas entidades locais; e ainda os acordos plenários do Parlamento Galego, já com o PP no governo galego, em julho de 2009 e fevereiro de 2010), e o que é peor, amossando qual é a sensibilidade do novo governo municipal em quanto à lingua, e o que nos agarda.
Mas nom é o único caso, posto que estes dias podemos ver polas ruas de Marim um cartaz no que se anuncia a realizaçom dum torneio de futebol-7 e no que colabora o "Ayuntamiento de Marín". Menos mal que o nome da nossa vila nom admite traduçom ao castelám, porque nom duvidamos que sería recolhido e usado polo governo municipal.
Dias antes das eleiçons municipais puidemos ver a actual alcaldesa num acto de Queremos Galego. Nom imos entrar em valoraçons de se a sua presença em tal acto implicava um apoio explícito à Plataforma Queremos Galego, respostava a motivos eleitorais ou simplesmente era umha mostra de apoio à nossa lingua. Mas em qualquer caso o galego nom se apoia com fotos ou declaraçons, apoia-se com factos, e os factos falam por si sós. Como era de agardar, nom há que se engañar nem enganar a ninguém, o novo governo local constitúe, por acçom ou omissom, a brigada local de extermínio do galego de Núñez Feijoo.
Desde a A.C. Almuinha queremos manifestar que vamos estar alerta no referido ao uso do galego por parte do novo governo municipal. Com estas atitudes estamos voltando a um estadio anterior, preautonómico, umha volta atrás completamente inasumível. Os/As representantes d@s cidadáns tenhem a obriga legal e moral de defender a nossa cultura, e polo tanto a nossa lingua, e nom de destrui-la. Desde Almuinha preguntamo-nos, à luz destes factos, quais vam ser as medidas de promoçom e defessa da nossa lingua que vai aplicar o novo governo do PP?