julho 30, 2010

A.C.Almuinha contra as touradas na Galiza

A Associaçom Cultural Almuinha apoia a manifestaçom contra as touradas em que partirá manhá sábado 31, as 20,00h da Praça da Peregrina de Ponte Vedra, convocada por diversas entidades ecologistas, conservacionistas, ambientalistas, culturais e políticas.


Consideramos que as touradas além de ser umha practica selvagem e violenta contra de um animal indefesso que acha umha morte inútil depois de umha tortura atroz, constituem toda umha patologia mental do ser humano alheia totalmente a Galiza e ao valor que na nossa cultura e economia tradicional teve o gado vacuno. Um meio de produçom e sustento da comunidade rural e um meio de extraçom de um excedente para obter uns ingresos adicionais.

As touradas nem som galegas nem som ate nem cultura. Seguem a ser um costume com os que os poderes espanholistas mais ráncios seguem a se identificar e assi se pom de manifesto na airada reacçom que a recente proibiçom por parte do parlamento catalám provocou em ditos sectores das oligarquias espanholas.

Fazemos nossas as reivindicaçons exprimidas na convocatoria deste ano:

  1. O cessamento imediato de ajudas encobertas às touradas por parte de todas as instituiçons públicas, nomeadamente a Deputaçom de Ponte Vedra, principal suporte público das touradas em Ponte Vedra.
  2. Que o Parlamento da Galiza modifique a Lei 1/1993, de Protecçom de animais domésticos ou selvagens em cativeiro, que exclui no seu artigo 5º as touradas, para que proíba estas actividades.
  3. O cessamento do uso de espaços públicos para a promoçom das touradas, assim como a supressom nos programas de festas editados pola cámara municipal.
  4. A reconversom da praça de touros num coliseu para espectáculos culturais e concertos.

Ademais de estas reclamaçons compartilhadas com as distintas entidades convocantes da manifestaçom reclamamos ao nosso governo municipal que declare a nossa vila como “Cidade antitouradas e amiga dos animais”.
Assi mesmo animamos a todas e todos os que defendem e amam a vida, a natureza e a nossa cultura a manifestarem-se
o sábado em Ponte Vedra.


julho 18, 2010

Dia da Pátria em Marim

O vindeiro domingo é o 25 de Julho, o Dia da Pátria, e com tal motivo a nossa associaçom tem organizado en Marim diversos actos que começan a sexta-feira 23 às 22h com um concerto do cantautor punk ou canhautor Leo i Arremecaghona no centro social Almuinha (Ezequiel Massoni nº 63), para logo dar passo a umha LK Sesion onde ademais de gozar com música galega qualquer pessoa que se animar possa amossar suas habilidades musicais ou artísticas no escenário do centro social.
O sábado 24 de julho a partir das 10:30 da manhá e desde o porto de Aguete a A.C. Almuinha em colaboraçom com o Grupo Cultural o Ronsel organiza umha saída à ria em embarcaçons tradicionais ademais de um roteiro polos muinhos do rio Loira. Já às 14h para recuperar forças a A.C. Almuinha tem previsto un jantar popular na casa da cultura de Seixo a base de churrasco ou alternativa vegana com um preço de 10€ tendo que reservar con antelaçom aquelas pessoas que queiram assistir no telefone 606595310 ou no correio a.c.almuinha@gmail.com.
MANIFESTO
Um novo ano com a chegada do forte calor do verám e o 25 de julho celebramos o Dia da nossa Pátria em que as galegas e galegos saimos às ruas para amossar o nosso orgulho por nos sentir parte de umha naçom que, a pesar dos múltiplos atrancos históricos, segue a existir, porque ademais de um pasado e história muito definidos que assim o avalam também tem um presente com vontade de trabalho para ganharmos o direito a decidir o nosso futuro.
Mas este é só, aínda que especial, un dia mais dos 365 de trabalho e luita por alcanzar um futuro mais digno e livre para Galiza. Um futuro que garanta a nossa pervivência como povo com umha identidade cultural, umha língua, uns costumes, um hábitat cada dia mais ameazados pola marea uniformizadora espanhola.
Num contexto político delicado para a defessa dos direitos dos povos, no que as altas instituiçons espanholas estám a marcar os límites que impedem o exercício da soberania nacional às naçons sem estado como Galiza e que nem tam sequera respeita as decissons tomadas polos povos para obter um maior autogoverno dentro do marco do estado debemos fazer fincapé em unir as nossas maos para trabalhar mais arreo na defessa dos nossos interesses como povo e como trabalhadores/as.
Neste contexto involutivo em que nos imponhem desde os meios de incomunicaçom e os distintos governos que nom há mais naçom que umha, no que qualquer acontecemento deportivo como o passado mundial é aproveitado para exaltar os símbolos do estado uniformizador e centralista, mentres som atacados os direitos das trabalhadoras/es galegas/os para arranjar a crise que povocarom os especuladores, devemos ter esperança porque a sociedade civil galega comece a espertar e respostar a dificil situaçom que atravesamos. Assim constatamos nos últimos anos o nascimento e consolidaçom de numerosas iniciativas sociais e culturais como som a criaçom de numerosos centros sociais, associaçons culturais, educativas que vertebran umha aposta clara por sobreviver como país.
Desde a A.C. Almuinha queremos animar a todos/as os/as galegos/as a participar nas manifestaçons convocadas para celebrar o Dia da Pátria 2010 em Compostela o vindeiro domingo 25 e a pendurar a nossa bandeira nacional das janelas a todas/os os/as vizinhos/as de Marim e comarca.

julho 13, 2010

Os galegos e galegas nom temos rei!!! Fora monarquia da Galiza

A nossa associaçom quer amosar o seu rejeitamento à visita da familia real a Marim a vindeira sexta 16 de julho para a entrega de despachos na escola naval e programa para a tarde-noite da sexta no centro social Almuinha (Ezequiel Massoni nº 63, Marim) un campionato de matraquinho cuja inscriçom será de 4€ e com uns prémios do 75% do recadado para os/as ganhadores/as e o restante 25% para os/as segundos/as. A continuaçom para aqueles/as que assim o desejem haverá umha ceia cujo custe é de 5€ e a seguir umha pequena festa. Este 16 de julho amosa o teu apoio á República galega pendurando umha bandeira galega na tua fiestra e assistindo e partipando no campionato de matraquinho e na festa. Os galegos e galegas nom temos rei!!!! República Galega.

Nota de imprensa

A aceitaçom da monarquia, nom é compatível na Galiza com a defesa de umha sociedade caracterizada pola igualdade de direitos e oportunidades para todas e todos e com o respeito dos direitos políticos colectivos que como naçom nos assistem, nomeadamente, o direito de autodeterminaçom nacional. Dita instituiçom é dividora do régime anterior já que o Rei D. Juan Carlos I tem jurado os princípios do chamado “movimiento nacional” do ditador espanhol Franco.

A monarquia espanola significa a consolidaçom da unidade política do estado espanhol tras subjugar baixo um só Reino de Espanha os distintos reinos penínsulares incluido o Reino de Galiza cuja órgao de governo ou Junta teve actividade autónoma até o século XIX.

Significa a prevalência da normativa orgánica e legislaçom derivada do estado espanhol sobre o direiro foral e civil galego cujas origens se remontam noutrora a mais de mil quinhentos anos desde a instauraçom do Galliciense Regnum, primeiro reino feudal da Europa (dato negado ou no melhor dos casos ignorado interessadamente pola historiografia espanhola).

Os representantes soberanos das instituiçons galegas medievais foram perseguidos e assassinados e som, desde entom, assimilados tendenciosamente à monarquia Leonesa e Asturiana ou Castelhana, pola historiografia oficiosa e anti-científica prevalente (a história escrevem-na os vencedores). As crónicas dos historiadores de Al-Andalus, as sagas islandesas, documentos dos francos ou numerosos documentos históricos originais contradizem aos historiadores mais famoseados e mediáticos do mediocre panorama cultural espanhol.


Bem é certo que nunca defenderemos em pleno século XXI a restauraçom monárquica na Galiza, senom que optamos por um exercício da nossa soberania nacional galega em forma de república mas também nom devemos esquecer a nossa história.

Nom aceitamos no dia de hoje que a representaçom de um estado fique em maos de umha estirpe privilegiada que nunca submete a sua eleiçom e continuidade ao referendo popular e democrático; que representa a negaçom dos direitos nacionais da Galiza; que unifica a representaçom do estado com a chefatura das forças armadas cuja funçom constitucional essencial é a preservaçom da sua unidade territorial, negando a possibilidade democrática de exercicio da soberania a sujeitos políticos colectivos distintos do que denominam “nacion española” e que cumpre a sua funçom constitucional graças a umha importante partida global dos orçamentos do estado de quase nove milhons de euros para este ano 2010 segundo informa a própria Casa Real espanhola.

Um orçamento que evade o controle de umha fiscalizaçom pública efectiva por parte do Tribunal de Contas, e que é completado, por se ainda fosse pouco, por distintas partidas a cárrego dos ministérios correspondentes, destinadas para gastos de segurança, viagens, viaturas oficiais e condutores, mantimento do Paço da Zarzuela, etc, e que nestes tempos de crise de desemprego, recurtes para os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e desmantelamento dos serviços públicos todavía é de maior destaque que a família real conserve todos os seus privilégios.

julho 12, 2010

Festas en Marim

Desde a associaçom cultural Almuinha desejamos comunicar o nosso parecer sobre a orientaçom do programa de festas 2010 que estám a ponto de começar. Embora valoremos a presença de várias formaçons musicais e artísticas galegas nos tememos que umha parte importante do orçamento adicado às festas irá para os petos de artistas como Bustamante ou OBK, cuja profissionalidade nom pretendemos valorar mas que nom aportam nada novo a um panorama musical imposto polos meios de comunicaçom principais controlados por grandes grupos empresariais, que optam por apoiar toda produçom seudocultural cuja mensagem artística nunca entra em contradiçom com os valores que aqueles grupos de poder defendem. Botamos de menos em umhas festas programadas por nacionalistas galegos de esquerda mais sensibilidade ao respeito. Nesta linha desejariamos que a componhente galega das festas fosse a principal porquanto, na realidade é a que pode concitar maior unidade entre a vizinhanza de Marim e comarca e os visitantes que se venhem a esta terra é para conhecer à sua cultura, música, língua e costumes pois para ver a Bustamente podem faze-lo através das rádio-fórmulas empresariais, das numerosas canles de TV espanholas ou mesmo ficando nas suas cidades de origem. Os paises mais desenvolvidos do mundo nom esquecem a sua cultura. Por que o respeito à cultura própria nunca é óbice para abraçar o progresso, muito ao contrário, assenta as bases para o auto-conhecimento e respeito do próprio. E sem respeito ao próprio nunca poderemos ser valorados polo resto do mundo. Com isto nom pretendemos dizer que todas as actuaçons e actividades sejam exclusivamente galegas, mas tampouco que as principais actuaçons sejam foráneas. A este respeito umha das nossas propostas para o programa das festas seria a participaçom de algum artista de Portugal ou do mundo lusófono, tendo em conta as cousas que compartimos e as oportunidades que nos oferece aos/às galeg@s, e como jeito de fomentar as relaçons sociais e culturais com o mundo lusófono, considerando amais a grande qualidade artística de muitos dos seus artistas. Outra característica que observamos negativamente é a falta de separaçom das festas dos actos religiosos católicos que um ano mais abondam no programa. Cremos que as intituiçons públicas devem defender a laicidade e neutralidade religiosa nos actos públicos,com independência que as confesons religiosas, possam programar de seu quantos actos decidam em coincidência com as festas do verám. Consideramos que estas festas respostam a um modelo de festa que reserva ao cidadám um papel de observador de "espectáculos" e promove e fomenta umha nula participaçom cidadá nas festas. Assi, botamos em falta actividades participativas onde @s marinenses nos sintamos partícipes das festas, como suxeitos activos, e nom reduzir o papel da cidadania a suxeitos pasivos consumidores de "espectáculos", como por exemplo poderiam ser actividades como as relacionadas com os desportos e jogos tradicionais galegos como a bilharda, trainhas, a chave..., jogos para meninh@s, ou outros jogos mais internacionais como o futsal, o basket... Também respostaria a esta intençom de fomentar a participaçom cidadá nas festas a realizaçom de um serám ou foliada onde qualquer pessoa ou grupo poderia participar livremente. Por outra banda, vemos que no programa das festas nom hai actividades para @s meninh@s nim para a mocidade. Consideramos que as festas devem ser para tod@s, oferecendo actividades e propostas que impliquem e fagam partícipes das mesmas a todos os grupos de idade. Afinal, notamos o recurte no que a actos e dias de festas diz respeito. Apesar de atravesar umha época de crise económica importante e fortes limitaçons no gasto público poderiamos recurta-lo de jeito considerável em só dous actos (Bustamante e OBK) e com esse montante programar mais umha semana de actividades em chave galega, participativa, tradicional e a fim de contas que nos fagam sentir membros de um povo galego, de marinheiros, industriais, trabalhadores, estudantes, com muitas tradiçons a recuperar e conservar e com défice de auto-conhecimento e de valoraçom do próprio. Eis umha crise secular a superarmos para enfrontar um futuro com maior dignidade.