outubro 11, 2012

12 de Outubro: nada a celebrar



Esta ilustraçom demonstra o que significou o "decobrimento"
de América: "Os espanhóis tiravam aos bebés do peito das suas
nais, os colhiam polos pés e golpeavam as suas cabeças contra
as rochas... Construiam grandes longas forcas e colgavam aos
 nativos americanos ao mesmo tempo em nome de "Cristo
 Nuestro Salvador y los doze Apósoles". Depois, colocavam
  palha acarom dos corpos e os queimavam vivos"
A A.C. Almuinha manifesta, a respeito da data feriada do 12 de Outubro “Festa Nacional de Espanha” ou “Dia da Hispanidade” o seguinte:

“Festa Nacional”, denominaçom errada: Espanha nom é umha naçom se nom que é o nome de um estado onde existem quatro naçons que som o povo espanhol de cultura e língua castelhana, os Paises Catalans de língua e cultura catalã (Principado, Ilhas Baleares e o Pais Valenciano), o Pais Basco (que inclue dentro do estado espanhol as comunidades autónomas de Navarra e o Pais Basco) e Galiza que inclue a comunidade autónoma galega e os territórios adjacentes de cultura galega na comunidade de Astúries e nas províncias de Llion e Samora na comunidade de Castela-Llion.

O 12 de Outubro de 2012 cumprem-se 520 anos da chegada as costas americanas das tropas enviadas pola monarquia castelhano-aragonesa dos chamados Reis Católicos. Consideramos que esta data supujo o começo de umha trágica história para os paises de América por que provocou um etnocídio selvagem com o fim de submeter violentamente os povos americanos para poder estabelecer durante séculos a pilhagem das suas pertenças. Nessa altura Galiza veu igualmente conquistado o seu território polas tropas espanholas comandadas por Acuña e Chinchilla, massacrando o nosso povo e sustituindo as suas elites económicas e políticas no processo que se deu em chamar “Doma e Castraçom de Galiza”. Portanto também nom há nada que celebrar para o povo galego.

Hoje, em pleno século XXI as oligarquias que controlam e dirigem o estado espanhol estám mesmo a plantejar na prática uma volta ao passado recente de triste lembrança quando os desígnios das naçons peninsulares estavam baixo a bota da ditadura militar golpista de Franco. Estám a ameaçar aos povos que manifestam o seu desejo de exprimir de forma pacífica e democrática a sua vontade de se gerir a sim proprios. Estám a evitar fazer da península um território de povos livres que mudem umha situaçom de submetimento dos mais febles ao mais poderoso e de confronto contínuo à outra de convivència e cooperaçom em pé de igualdade.

A involuçom política que percuram as oligarquias do estado espanhol persegue manter os seus privilégios sobre os povos trabalhadores como Galiza. O capitalismo espanhol quer salvar a sua crise metendo a mão no peto das pessoas que menos têm e daí devém a suas políticas de liquidaçom do já precário estado do bem-estar. Submeter às e aos trabalhadores e nomeadamente, aos dos povos sem soberania como Galiza, onde temos os salários e as pensons mais baixas do estado, é a saida que acham mais doada para manter a suas taxas de ganho e fazer frente à crise financeira que as mesmas oligarquias criarom. Socializar os custos da sua crise mesmo quando os lucros rematam sempre no peto da minoria de sempre e nom revirtem na maioria. Mais umha razom para nom celebrar nada.

Neste cenário cinzento, só podemos olhar com esperança o sucesso de povos como o venezuelano e o cubano que continuam defendendo a sua independência nacional e de governos como o argentino ou o equatoriano que velam polos interesses dos seus povos respeitivos impedindo que grandes corporaçons multinacionais continuem como aves de rapina a explorar os seus recursos sem beneficiar os paises nos que assentam. Confiamos em que o nosso povo também decida quanto antes defender em justiça os interesses que lhe som próprios.

3 comentários:

Anónimo disse...

Galiza si, Asturies non. Catalunya si, Canarias non. Vale! Moi democrático todo. Se fas o favor, non repartas carnés de nación. Que cada quen decida o seu futuro.

Anónimo disse...

Canárias seria também umha naçom, dacordo, em tudo caso extrapeninsular. Astúries formaria com Galiza e o resto de territória da Gallaecia umha realidade nacional diversa mas coerente enquanto a história, cultura, território, geologia, economia, etc. Como a mesma naçom espanhola também é muito diversa: compara Burgos com Sevilha. O que nom podemos aceitar é a teima espanhola de igualar a todas as suas "regiones", o café para todos ou agora a soluçom nacionalista espanhola do Psoe de federaçom para todos. Polo teu raçoamento Andalucia também seria naçom e depois viriam os aragoneses (para mim mas catalans que espanhois), e Castilla, e Extremadura, etc. Quer dizer mais do mesmo. Pois nom. Rigorosamente existem quatro naçons no estado espanhol peninsular. Almuinheiro.

Anónimo disse...

Eu sonche máis de decisións democráticas dos pobos. Un entidade nacional é o conxunto dunha cidadanía que decide vivir en condicións legais similares. Que Andalucía non é unha nación, francamente, é un "problema" que resolverán os andaluces e as andaluzas. Igual para o resto. A min gústame o café e gústame compartilo cos amigos mentres falamos do divino e do humano. Non sei por que teño que deixar algún sen cafeína. Non me da quitado o soño se quere un café con leite. Os mapas trazados desde o despachos trouxeron os problemas neocoloniais que está a sofrer toda África. "Rigurosamente existen tantas nacións" como a cidadanía decida.