Há algum tempo, desde a A.C. Almuinha desenvolvimos umha pequena campanha que tinha por objecto chamar a atençom sobre o estado de abandono do património arqueológico do nosso concelho. Malia que temos um importante património pre-románico, nunca mereceu a atençom nem da administraçom local nem da galega, tendo como consequência o contínuo deterioro dos restos.
Durante vários meses solicitamos, tanto ao concelho de Marim como a própria Xunta, diferentes actuaçons para proteger e pôr em valor o nosso património arqueológico: a posta em valor do castro da Subidá e a melhora do entorno dos petróglifos de Mogor eram as intervençons mais prioritárias desde o nosso ponto de vista.
O castro da Subidá, que é o melhor exemplo de povoado castrejo existente no nosso concelho, ficou ao longo dos anos completamente abandonado e desprotegido ante diferentes acontecimentos, provocando que as desfeitas no jacimento da Subidá fossem quantiosas nos últimos 15 anos: lumes, espólios, vegetaçom, actuaçons irresponsáveis e inconcevíveis como forom a apertura de caminhos e estradas na área de protecçom, a construçom dumha canteira que provocou que a muralha defensiva que até há bem pouco era visível rematara desaparecendo, ou a instalaçom dumhas torretas de Fenosa, que finalmente forom retiradas.
Pola sua banda, os petróglifos de Mogor, que som o principal valor arqueológico de Marim e um dos conjuntos de arte prehistórica mais relevantes da Galiza, estiverom durante anos bastante abandonados, sem ningum tipo de indicaçom que permitisse às pessoas que se achegavam ao lugar vê-los com facilidade e sem nengúm tipo de informaçom sobre eles, a excepçom de trabalhos de limpeça e de adequaçom da área, mas carente de qualquer tipo de mantimento, provocando que por exemplo os caminhos de pedras que se colocarom há vários anos na atualidade estejam bastante deteriorados nalgumha zona.
Mas também queremos manifestar que agardamos que estas actuaçons nom fiquem em intervençons para tirar umha foto, e depois fique todo abandonado outra vez durante anos. Se bem nos petróglifos de Mogor, com a construçom do centro de interpretaçom, a colocaçom de paineis informativos e o arranjo do caminho de pedras, consideramos que seria suficiente para a sua posta em valor, no castro haverá que dar novos passos umha vez se rematem os trabalhos atuais. É preciso fazer umha investigaçom arqueológica moderna, séria e completa (que nunca se fixo), que consista na sua recuperaçom integral e no seu estudo.
Marim, a 13 de março de 2011
A.C. Almuinha
1 comentário:
Parabéns polo grande trabalho que estám a fazer.
Apenas gostava de indicar que "posta em valor" é umha construçom castelhana. Em galego noom existe esta expressom. Em troca dizemos "valorizaçom".
Cumprimentos e força com vosso magnífico trabalho!!
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