A ASSOCIAÇOM CULTURAL ALMUINHA de Marim manifesta o seu apoio ao colectivo de vizinhos "Defende o Pituco" constituido para se opór ao projecto de localizaçom de um polígono industrial no monte Pornedo. O nosso posicionamento basea-se nas análises sobre a implementaçom de políticas semelhantes em outros emprazamentos das que se conclui a focalizaçom de movimentos especulativos interessados em sementar o nosso território de infra-estruturas carentes de umha planificaçom acaida aos interesses reais da nossa economia, potenciando um modelo de desenvolvimento voraz e depredador dos nossos recursos. A oferta de solo industrial em Marim deve ser estudada com rigor. Tem-se provado que a venda de parcelas para o assentamento industrial em outras comarcas nom se corresponde em absoluto como a ocupaçom efectiva dos mesmos, o que nos induz a pensar que a especulaçom está a gerar efectos perniciosos como a pressom ao alça dos preços do solo de uso industrial provocando a expulssom do investimento produtivo autóctone e a entrega dos nossos recursos a agentes forâneos.Um polígono no entorno do Couto de Pornedo incluidos no Espaço Protegido de "Montes do Morraço" estabelecido nas Directrices de Ordenaçom do Território da Junta de Galiza, como Área Estratégica de Conservaçom, teria um forte impacto ambiental e deterioraria a saude da povoaçom de Marim como já têm posto de manifesto os ecologistas por constituires um verdadeiro pulmom da nossa vila. Tanto o próprio assentamento quanto o transporte derivado da actividade industrial no entorno prejudicariam o património natural, medio ambiente, rios, solo de interesse agrícola e formaçons geológicas de enorme interesse, a riqueza florestal e a fauna animal ao romper o seu hábitat de assentamento. Modificaria o entorno paisagístico destruindo o nosso património etnográfico e arqueológico que reune neste área sete jazimentos já afectados nos últimos anos pola construçom da Variante de Marím e da Linha de Alta Tensom Lourizám-Cangas que provocarom, por exemplo, a desapariçom de um importante petroglifo.A nossa cultura natural e histórica é também susceptível de valoraçom económica, e podem fornecer de riqueza e de postos de trabalho a todo um povo. Mas devido à vissom curto-prazista, de obtençom de lucro rápido e sem escrúpulos e a ignorância sobre a riqueza que atessouram os nossos montes e o nosso património arqueológico nom se chega a comprender que os povos mais desenvolvidos, social e economicamente, tiram rédito da sua cultura e nom a destruim. Estes povos prefirem assentar as bases de umha economia auto-sostível, respeitosa com o médio e perdurável, que repercuta no presente e nas geraçons vindeiras, e nom pam para hoje e fome para manhá. Atrás dos cantos de sereia que anunciam o aluviom de postos de trabalho que se podem gerar sempre se acocha a voz do monstro do desenvolvimento irracional que engule todo o que se lhe pom por diante provocando mais dano que proveito.Também nom aceitamos (nomeadamente depois da sentência que declara ilegais os recheios de Prazeres) a pretensom da administraçom de localizar em solo ganhado ao mar de jeito ilícito, o assentamento de industrias alheias à exploraçom dos recursos marinhos. Enquanto às alternativas e segundo dados que fornece Xestur (a sociedade pública responsável para a gestom do solo industrial) existem todavía parcelas disponíveis em outros parques como na Reigosa, ou em Redondela-Mos.E para além da percura de maior superfície para disponibilidade industrial fazémo-nos umha série de perguntas pertinentes: está finiquitada pola nova Junta a funçom de estudo, análise e planificaçom que o anterior governo autonómico encomendava ao novo órgao publico “Galiza SUMA”?; que tipo de indústria se pretende assentar?, Seria nom contaminante?; trata-se de investimentos criadores de emprego neto ou apenas naves de armazenamento que prescindem da contrataçom importante de mao de obra? Todas estas incógnitas estariam em tudo pendentes de isolar. Marim está necessitado de umha planificaçom à sério em funçom dos interesses e características do seu mercado laboral. Reclamamos um plano de fomento do emprego para os colectivos mais desfavorecidos como os parados de longa duraçom, as mulheres, a mocidade, os incapacitados, os colectivos em risco de exclussom social, imigrantes; a adequaçom da formaçom profissional ao mercado laboral da zona; o desenvolvimento sustentável do entorno do Pornedo para o que já existe a proposta de criaçom do "Espaço Natural Arqueológico dos Sete Caminhos" que pretende a valorizaçom dos recursos do lugar. Por último, manifestamos o nosso posicionamento em contra da actitude errática do governo municipal enquanto às suas mudanças de postura a respeito da ubicaçom dos polígonos e também e principalmente a posiçom do Partido Popular, que visando ganhar as próximas eleiçons locais, opta polo tacticismo mais detestável para tirar réditos deste conflito mesmo explicitando a ameaça real de paralisar, desde o governo da Junta de Galiza, a aprovaçom definitiva do PGOM. Ademais, alertamos do intento de criar divissom entre os vizinhos para poder instrumentalizar eleitoralmente estes colectivos. Demasiadas veces na história política recente do nosso pais, muitos movimentos sociais foram asimilados e disoltos quando já nom se lhe tirava rendimento, sem resolver os conflitos que estavam na sua origem, e obviando tomar as decisons no interesse da maioria contando com o imprescindível concurso da participaçom cidadá.
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