outubro 04, 2009

Contra a simbologia franquista, imaginaçom


No passado mês de dezembro a A.C. Almuinha remitiu um escrito dirigido ao Arcebispo de Compostela, Monsenhor Julián Barrio Barrio, no que lhe solicitamos a retirada das pracas franquistas que estám colocadas numha das paredes da Igreja Velha da nossa vila.




Consideramos que a nossa solicitude está fundamentada no sentido comúm, nom é lógico que símbolos dum régime dictatorial continuem por mais tempo nas nossas ruas. A sua permanência, mais de 30 anos depois da morte do ditador, constitue umha humilhaçom para todas aquelas pessoas que sufrirom nas suas carnes a repressom e umha burla para qualquer que se considerar minimamente demócrata. A retirada de toda a simbologia franquista deveu ter lugar já nos anos inmediatamente posteriores à morte do ditador.


Mas hoje em dia a lei ampara esta solicitude, posto que a Lei Lei 52/2007 de 26 de decembro, mais conhecida como Lei da Memória Histórica, obriga a retirada de toda a simbologia franquista das ruas.



O certo é que tras a resposta do Arcebispado, a começos desta ano, de que tratariam o assunto, como se pode comprovar nom se tomou nengumha medida. As pracas franquistas continuam no seu lugar.



Ante o passo do tempo, e tendo em conta o comportamento de outros alcaldes de vilas próximas como Cuntis, que se puxo em contacto directamente com o Arcebispado para tratar a retirada da simbologia fascista de umha igreja da sua vila, e conseguiu-no rapidamente, solicitamos-lhe ao Alcalde de Marim o 18 de junho, mediante um escrito, que actua-se e lhe solicita-se ao Arcepispo a retirada destas pracas. Mas polo que sabemos nom fixo nada, o que por outra banda nom deixa de ser curioso que tratándo-se de um Alcalde "socialista" nom faga nada num assunto como este.


Depois de 10 meses nem o Arcebispado de Compostela tomou nengumha medida para a retirada das pracas, nem o Alcalde do nosso concelho moveu um dedo para conseguir a sua retirada. As pracas continúam no seu sitio. Consideramos que nom é justificável desde um ponto de vista democrático a pervivência destes símbolos, que representam um passado obscuro de imposiçom, falta de liberdades, tanto individuais como colectivas, de tortura e repressom. É umha burla para todas as pessoas defensoras da liberdade e de valores democráticos a pervivência destes símbolos nas nossas ruas.


É por todo isto, pola falta de actuaçons dirigidas a retirada destes símbolos, tanto do Arcepispado como do próprio alcalde do nosso concelho, que nos vemos na obriga de precintar simbolicamente a Igreja velha de Marim, solicitando com esta actuaçom a retirada, sem mais demoras, destas pracas.

Marim, a 2 de Outubro de 2009

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